“Nós somos os geradores de impostos, não cabe a nós receber um prato feito da União”, defendeu Caiado.
O posicionamento foi dado durante Assembleia de Governadores do Consórcio Brasil Central com a participação do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita, Tributação ou Economia dos Estados e do Distrito Federal (Consefaz).
Participaram da reunião representantes do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Maranhão e DF, incluindo governadores, vice-governadores e secretários de Economia.
ALINHAMENTO DE DEMANDAS
Caiado, que preside o consórcio, defendeu não um confronto de propostas, mas o alinhamento de demandas dos estados brasileiros como caminho para mitigar os prejuízos econômicos aos entes federados. “Acredito que construir consenso é o caminho único”, pontuou.
REFORMA TRIBUTÁRIA
Discutida há cerca de 30 anos no Brasil, a reforma tributária foi aprovada pelo Congresso e promulgada no final do ano passado. Desde então, o governador goiano tem sido protagonista das discussões entre os estados e a União sobre como colocá-la em prática. Os textos que tratam da regulamentação, elaborados pelo Ministério da Fazenda, devem ser apresentados à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (24/04).
Com ampla experiência no Parlamento, Caiado acredita que o diálogo entre os estados deve passar pelo Senado.
“O único lugar que temos certo poder de pressão é o Senado. Não temos outro elemento, não existe outra figura que tenha a representatividade dos estados”, avaliou ao propor uma sessão específica para que a regulamentação da reforma seja tratada.
EMENDA À CONSTITUIÇÃO
O encontro dos governadores ainda contemplou a apresentação elaborada pelo Consefaz, destacando os resultados e negociações que culminaram em minutas de projetos de lei regulamentadores da reforma tributária, como a Emenda Constitucional nº 132/2023.
Alguns dos principais temas tratados pela reforma tributária são:
- a criação do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA);
- a criação de uma cesta básica nacional; e do Imposto Seletivo, um novo tributo que vai taxar produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente;
- e ainda a tributação da renda e do patrimônio,
- além de algumas isenções e
- a remuneração de auditores.