Terrorista bolsonarista admite que queria explodir aeroporto de Brasília para criar caos e produzir Estádio de Sítio antes da posse de Lula

O terrorista bolsonarista que pretendia explodir uma bomba em um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília no dia da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 1° de janeiro, chama-se George Sousa e vinha atuando na mobilização contra o resultado das eleições deste ano, em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. […]

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O terrorista bolsonarista que pretendia explodir uma bomba em um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília no dia da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 1° de janeiro, chama-se George Sousa e vinha atuando na mobilização contra o resultado das eleições deste ano, em frente ao quartel-general do Exército em Brasília.

Sousa, 54 anos, morador da cidade de Xinguá, no Pará, se apresentou à Polícia Civil como “gerente de posto de gasolina”, mas segundo apuração do Metrópoles, ele também é paraquedista. Apoiador de Jair Bolsonaro, ele estava acampado no Distrito Federal desde novembro, esperando para “pegar em armas e derrubar o comunismo”.

“A minha ida até Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das forças armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo.”

Sousa virou CAC por influência de Bolsonaro – a quem chamou de “patriota e honesta” no depoimento – e desde então comprou R$ 160 mil em armas.

“O que me motivou a adquirir as armas foram as palavras do presidente Bolsonaro que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo o seguinte: ‘Um povo armado jamais será escravizado’ e também a minha paixão por armas que tenho desde a juventude.”

Divulgação

Arsenal encontrado no apartamento do terrorista bolsonarista

Frustrado com a vitória de Lula, Sousa levou 8 armas de fogo na viagem à Brasília e munição para um verdadeiro massacre.

“Eu vim a Brasília com a minha caminhonete Mitsuishi Triton levando comigo 2 escopetas calibre 12; 2 revólveres calibre .357; 3 pistolas, sendo 2 glocks e 1 CZ Shadow 2; 1 fuzil Springfield calibre .308; mais de mil munições de diversos calibres e cinco bananas de dinamite (emulsão)”, relatou à Polícia Civil.

Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil do DF, o material encontrado com o suspeito mostra que ele tinha intenções de fazer outras explosões.

“Ele afirmou ser um dos bolsonaristas que participa do movimento do QG e tinha um grande material explosivo em sua residência, o que mostra que ele tinha mais intenções”, afirmou Cândido à Folha.

Sousa foi o responsável por montar a bomba que foi encontrada no aeroporto. Ele alegou à Polícia que entregou o artefato a um homem chamado Alan, acreditando que este último usaria a bomba contra postes de luz.

“Ali ficou claro para mim que (…) estavam ao lado do presidente e em breve seria decretada a intervenção das forças armadas. Porém, depois de um mês nada aconteceu e eu resolvi elaborar um plano com os manifestantes do QG para provocar a intervenção e decretação de estado de sítio para impedir a instauração do comunismo no Brasil.”

Preso preventivamente e transferido para a Papuda no domingo (25), Sousa ainda admitiu que pretendia distribuir parte do seu arsenal a outros colecionadores ou atiradores bolsonaristas.

O caso aumentou a preocupação dos órgãos de segurança em relação ao evento de posse do presidente eleito. O futuro ministro da Justiça do novo governo, Flávio Dino (PSB), disse estar acompanhando o desenrolar dos episódios.

Em publicação em rede social, Dino disse: “Há no material [coletado neste sábado] ‘emulsão de pedreira’. Exames periciais do artefato, assim como investigações, estão sendo executadas pela Polícia Civil do Distrito Federal. Equipe da transição acompanhando”.

 

Leia o depoimento abaixo:

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Com informações da Folha de S.Paulo, Correio Braziliense, RBA e Jornal GGN