A ministra da Saúde, Nísia Trindade, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na noite deste domingo (7) alertou que a vacinação contra a covid-19 continua fundamental. A mensagem, segundo a Agência Brasil, vem em função de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter decretado na sexta-feira (5) o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em relação à doença.
Pouco depois do anúncio da OMS, Nísia Trindade foi às redes sociais atribuir o fim da emergência mundial de saúde à vacinação. “É uma grande vitória para a sociedade, possível graças à ciência e à vacinação, orientadas para o acesso à saúde”.
Ali mesmo, porém, já reforçava que a imunização segue sendo importante. “O anúncio não significa o fim da circulação do vírus, mas uma mudança de abordagem. Ainda temos que ter cuidados, inclusive nos vacinando contra a covid-19”, afirmou. “Devemos continuar a mobilização para ampliarmos a cobertura com a vacina bivalente e combatermos a desinformação, que questiona de forma improcedente a segurança e a eficácia dos imunizantes.”
Ômicron
O Ministério da Saúde contabiliza 13,5 milhões de pessoas imunizadas com a vacina bivalente. O imunizante Comirnaty, da Pfizer, que protege conta a variante Ômicron, foi disponibilizado para maiores de 18 anos que tenham recebido, pelo menos, duas doses monovalentes, respeitando um intervalo de quatro meses. “Quem ainda não completou o ciclo vacinal e está com alguma dose em atraso, também pode procurar a Atenção Primária, porta de entrada do SUS. O Ministério da Saúde reforça que, tanto as vacinas monovalentes quanto as bivalentes, têm segurança comprovada e são igualmente eficazes na proteção contra o coronavírus”, afirma a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
‘Tomem as doses de reforço’
Ainda na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi às redes para comentar o tema. “Depois de 3 anos, hoje finalmente podemos dizer que saímos da emergência sanitária pela Covid-19. Infelizmente, o Brasil passou da marca de 700 mil mortos pelo vírus. E acredito que ao menos metade das vidas poderiam ter sido salvas se não tivéssemos um governo negacionista.” Lula aproveitou para reforçar a importância da vacinação. “Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou. Tomem as doses de reforço e não deixem de ter o esquema vacinal sempre completo. E o governo federal irá incentivar a saúde, ciência e pesquisa no nosso país. Irá atuar para preservar vidas.”
Bolsonaro genocida
A OMS decretou a pandemia da covid-19 no dia 11 de março de 2020. De lá pra cá, perto de 700 milhões de pessoas foram infectadas no mundo, com quase 7 milhões de mortes. No Brasil, a gestão negacionista do governo Bolsonaro, subestimando a doença, promovendo medicamentos ineficazes e debochando das vítimas, levou o país a ter um dos piores índices de mortalidade. Apesar de ter menos de 3% da população mundial, os registros de casos chegaram a girar em torno de 12% do total no planeta.
*com informações da Agência Brasil