Um dos principais programas para a
renovação da frota da Marinha brasileira entregou a primeira das quatro novas fragatas quatro anos após a assinatura do acordo que deu início à construção dos equipamentos militares em um estaleiro em Itajaí. Com investimentos de cerca de R$ 9 bilhões, os
navios-escolta são produzidos pelo Consórcio Águas Azuis, formado pela Embraer Defesa e Segurança, a subsidiária da companhia brasileira Atech e a gigante alemã ThyssenKrupp Marine Systems.
O acordo prevê ainda a transferência de tecnologia ao Brasil, além de ser responsável pela geração de mais de 8 mil empregos, sendo 6 mil indiretos. Apesar do lançamento da primeira unidade ao mar, só estará disponível para missões em 2025, quando vai receber equipamentos como mísseis e torpedos. Já as demais embarcações serão entregues de forma gradual até 2028.
Durante a cerimônia, o presidente Lula ressaltou que a iniciativa “é mais um passo para o Brasil rumo à
modernização tecnológica das Forças Armadas e o fortalecimento da Base Industrial de Defesa [BID] do país”.
“Desde o nosso primeiro governo, buscamos ampliar a capacidade de escolha do país por tecnologias que melhorem as demandas estratégicas, estimule diferentes setores da economia e garanta as melhores oportunidades de formação dos profissionais brasileiros. O poder de compra do Estado brasileiro pode e deve ser utilizado para fortalecer essa estrutura produtiva e estimular a geração de novas tecnologias”, disse.
Com relação ao projeto, cujo acordo foi assinado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula pontuou ser maior do que qualquer governo. “Mais do que um projeto de governo, o programa de fragatas Tamandaré é um projeto do Estado brasileiro, gerenciado por uma empresa pública. Por esse motivo, foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento [PAC]”, acrescenta.
Lula ainda ressaltou que
a indústria de defesa é estratégica para qualquer país e, no Brasil, ainda “assume importância ainda mais expressiva por
gerar inovações e incentivar a pesquisa, o que permite o controle de um segmento estratégico do ponto de vista geopolítico”.