Presidente da Fiesp diz que são pornográficas as taxas de juros no Brasil

Filho do ex-vice-presidente José Alencar, que foi ao seu tempo um grande crítico das taxas de juros praticas no Brasil, Josué Gomes, que é presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), chamou de “pornográficas” as taxas de juros no Brasil. Em discurso nesta segunda-feira (20), no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico […]

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São Paulo-SP, 25 de Julho de 2022 - Seminário Mudanças em Cadeia Global de Valor - Oportunidades para o Brasil, presidida pelo Presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, com a presença do Embaixador Roberto Azevedo ( Vice-Presidente Executivo de Assuntos Corporativos da PepsiCo Global e Presidente do Conselho de Administração da Fundação PepsiCo. Ex-Diretor Geral da OMC).

Filho do ex-vice-presidente José Alencar, que foi ao seu tempo um grande crítico das taxas de juros praticas no Brasil, Josué Gomes, que é presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), chamou de “pornográficas” as taxas de juros no Brasil. Em discurso nesta segunda-feira (20), no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ele disse que os atuais valores são inconcebíveis e precisam ser reduzidos.

“É inconcebível a atual taxa de juros no Brasil. Muitos querem associá-la a um problema fiscal. A tese é que há um abismo fiscal. Abismo fiscal num país que tem 73% do PIB de dívida bruta. Tirando as reservas [cambiais] são mais ou menos 54% de dívida. Tirando o caixa do Tesouro Nacional, são menos de 45% do PIB de dívida líquida, num país com a riqueza do Brasil. Então esta não é uma boa explicação para as pornográficas taxas de juros que praticamos no Brasil”, disse.

Segundo ele, altas taxas de juros prejudicam os investimentos da indústria brasileira.

No mesmo evento, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também criticou o valor da taxa básica de juros, a Selic, que está em 13,75% desde agosto do ano passado.

Não há nada que justifique ter 8% de taxa de juros real, acima da inflação, quando não há demanda explodindo e, de outro lado, no mundo inteiro, há praticamente juros negativos. Nós acreditamos no bom senso e que a gente vá, com a nova ancoragem fiscal, superar essa dificuldade”, disse.

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, se reúne a partir desta terça-feira (21), para definir a nova taxa Selic.

Com informações da Agência Brasil