G-20 vai estimular biocombustíveis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva  em Nova Delhi, de cerimônia de lançamento da Aliança Global para Biocombustíveis, à margem da Cúpula do G20. A iniciativa, que conta com a participação dos três principais produtores de biocombustíveis do mundo – Brasil, Estados Unidos e Índia –, reúne 19 países e 12 organizações internacionais com […]

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva  em Nova Delhi, de cerimônia de lançamento da Aliança Global para Biocombustíveis, à margem da Cúpula do G20. A iniciativa, que conta com a participação dos três principais produtores de biocombustíveis do mundo – Brasil, Estados Unidos e Índia –, reúne 19 países e 12 organizações internacionais com o objetivo de fomentar a produção sustentável e o uso de biocombustíveis no mundo, e seguirá aberta a novas adesões.

O lançamento é resultado de ambicioso programa nacional indiano de biocombustíveis, que inclui desde a próxima adoção de 20% de mistura de etanol na gasolina à fabricação de automóveis flex, além do desenvolvimento e produção de biocombustíveis de segunda geração. No processo de desenvolvimento dessa política, Brasil e Índia trabalharam juntos tanto no nível governamental como no nível acadêmico, tecnológico e empresarial.

De acordo com dados da Agência Internacional de Energia, a produção global de biocombustíveis sustentáveis precisa triplicar até 2030 para que o mundo possa alcançar emissões líquidas zero até 2050. Os biocombustíveis líquidos forneceram mais de 4% do total de energia para os transportes em 2022, mas seu uso ainda tem grande potencial de crescimento.

O uso de biocombustíveis na aviação e na navegação, para reduzir as emissões dos respectivos setores, aumentará ainda mais o consumo mundial e a necessidade de ampliação do número de fornecedores.

Experiência acumulada

O Brasil produz e utiliza biocombustíveis há 40 anos, com excelentes resultados, especialmente na criação de empregos e na redução das emissões do setor de transporte. A presença dessa produção na matriz energética brasileira reforça a imagem do país como modelo perante países que precisam se preparar para reduzir suas emissões.

Na quinta-feira (31), em cerimônia de lançamento do Novo PAC, no Piauí, Lula afirmou que deve ser um compromisso de governo tornar a matriz energética do país “100% limpa”. Ele sustentou que seu governo quer atrair “dinheiro verde” para o país: “Queremos que venha mais dinheiro verde para cá, para investir nas coisas que precisamos”.

Lula também disse que por conta de experiências acumuladas em energias renováveis, o Brasil está à frente do processo de transição energética, para reduzir as emissões de carbono.