Bens de luxo, como iates e jatinhos, pagarão IPVA com a Reforma Tributária

Além de beneficiar a população de baixa renda, devolvendo parte do valor dos impostos cobrados, a reforma tributária também prevê a adoção de tributos para bens de luxo como outra medida de justiça fiscal. É o caso da cobrança do Imposto Sobre Veículos Automotores (IPVA) sobre embarcações, helicópteros e aviões. Atualmente, bens como jatinhos, iates e […]

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Além de beneficiar a população de baixa renda, devolvendo parte do valor dos impostos cobrados, a reforma tributária também prevê a adoção de tributos para bens de luxo como outra medida de justiça fiscal. É o caso da cobrança do Imposto Sobre Veículos Automotores (IPVA) sobre embarcações, helicópteros e aviões.

Atualmente, bens como jatinhos, iates e jet skis não pagam tributo no país. O IPVA é cobrado apenas de proprietários de motocicletas, carros e caminhões.

“Em um país com desigualdades sociais como o nosso, taxar esses bens de luxo, que estão nas mãos de tão poucos, é uma forma de promover justiça tributária e social. A reforma tributária nos permite corrigir esse tipo distorção. Nós a defendemos pelo bem do povo”, diz a senadora Teresa Leitão (PT-PE).

Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT-RS) lembra que o Brasil ocupa a segunda posição no ranking de maior desigualdade de renda no mundo. E, mesmo com as medidas implementadas pelo governo Lula que vêm mudando essa realidade, é preciso ir além.

“Aqueles que possuem maiores recursos devem contribuir de forma mais significativa. Os valores arrecadados por meio da cobrança de impostos de aeronaves e embarcações de luxo, conforme previsto na reforma tributária, devem ser aplicados em programas sociais e ações de combate à fome, resultando em um investimento total em políticas humanitárias”, defende Paim.

Na mesma linha, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) afirma que a cobrança de impostos sobre bens de luxo põe fim a privilégios tributários das parcelas mais ricas da população.

“É uma vergonha um brasileiro, um trabalhador de aplicativo pagar IPVA de sua motinha de 125 cilindradas, e os super-ricos, com jet skis, lanchas, iates, helicópteros, aviões, jatos, não pagarem nada. Então nós também constitucionalizamos. O Brasil vai cobrar IPVA aquático e aéreo”, destacou o parlamentar.

Tributação sobre heranças

A matéria trata ainda do imposto sobre herança. O relator da proposta, senador Eduardo Braga (MDB-AM), concorda que o tributo seja progressivo, com alíquotas maiores para grandes heranças. Porém, ele destaca que o índice de progressividade da tributação deve acompanhar o valor da parcela para os herdeiros (quinhão), não o valor final.

“Afinal, uma herança dividida por vários herdeiros pode não representar um acréscimo patrimonial significativo a ponto de merecer alíquota majorada. O quinhão ou legado, sim, é medida razoável a justificar a progressividade da tributação”, explica.