“A compra de produtos do lado argentino caiu muito. Estamos vendendo apenas metade do que vendíamos antes. Diminuiu muito nos últimos meses, a queda foi praticamente mais perceptível depois do final do ano”, garantiu o representante da Câmara de Comércio de Pocitos Argentinos, Manuel Pieve, em contato com o jornal boliviano El País de Tarija.
Um dos mercados fronteiriços mais movimentados é Yacuiba (Bolívia) e Salvador Mazza (Argentina), onde os itens mais procurados são alimentícios como arroz, macarrão, açúcar, e produtos de limpeza como papel higiênico, também registraram alta na procura por roupas e material escolar devido aos baixos custos para os consumidores.
Em dezembro de 2023, poucos dias após assumir o cargo, Milei desvalorizou o peso argentino em 50%, passando de 400 para 800 pesos por dólar (cerca de 168 pesos por real).
A taxa de câmbio paralela, conhecida como dólar azul, também foi desvalorizada em mais de 70% em 2023, sendo negociada a mais de 1.400 pesos por dólar em dezembro. Esta desvalorização teve um impacto negativo na economia argentina, provocando aumento da inflação, reduzindo o poder de compra e dificultando o investimento e o crescimento econômico.
A situação obriga os cidadãos argentinos a irem aos mercados bolivianos para adquirir produtos a preços acessíveis, até 70% mais baratos que na Argentina.
A taxa de câmbio oficial do dólar na Bolívia é de 6,85 bolivianos por dólar.
Fonte: Sputnik Brasil