Pochmann: “Não há crise fiscal no país. Subsídios e juros altos são os problemas”

Presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o economista Márcio Pochmann chamou a atenção para os gastos do governo com o pagamento dos juros da dívida pública, que este ano de 2024, até setembro, já consumiu mais de R$ 800 bilhões do orçamento público. “Os subsídios e benefícios fiscais, por outro lado, respondem […]

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Presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o economista Márcio Pochmann chamou a atenção para os gastos do governo com o pagamento dos juros da dívida pública, que este ano de 2024, até setembro, já consumiu mais de R$ 800 bilhões do orçamento público.

“Os subsídios e benefícios fiscais, por outro lado, respondem por R$ 615 bilhões”, destaca Pochmann. Já as despesas com juros da dívida pública somaram R$ 614,6 bilhões em 2023”, denunciou o economista e dirigente do IBGE

Pochmann, questionou no sábado (16), em suas redes sociais, a orquestração midiática de que estaria havendo uma grave crise fiscal no Brasil. “Onde está o desequilíbrio das contas públicas?”, questionou.

“Do total do gasto social, destacam-se os programas Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada no valor total de R$ 268 bilhões”, disse ele, questionando os valores que não deixam de ser arrecadados por conta de subsídios e isenções fiscais. “Os subsídios e benefícios fiscais, por outro lado, respondem por R$ 615 bilhões”, destaca Pochmann.

Pochmann usou os dados do ano de 2023 para mostrar que os gastos com juros, que naquele ano eram de R$ 614 bilhões, é que são responsáveis pelos problemas fiscais do país.

“Em 2023, o orçamento do Ministério da Saúde (R$ 170,3 bilhões) somado ao do Ministérios da Educação (R$ 142,6 bilhões) totalizou R$ 312,9 bilhões. Já as despesas com juros da dívida pública somaram R$ 614,6 bilhões em 2023”, denunciou o economista e dirigente do IBGE.