A Wear The Peace fez uma montagem com os principais e mais significativos trechos da fala do presidente Lula em coletiva em Adis Abeba, capital da Etiópia. Até a conclusão desta reportagem, a postagem da Wear The Peace tinha mais de 74.735 curtidas, entre as quais a do escritor e ativista moçambicano Mia Couto. Cada peça do site contribui para uma causa humanitária diferente.
Na entrevista de domingo na Etiópia, Lula comparou o massacre na Faixa de Gaza com o Holocausto. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou. Imediatamente, o governo de Israel repudiou a fala e declarou presidente brasileiro persona non grata até que ele se desculpe. Além disso, convocou o diplomata brasileiro para “reprimenda” em Tel Aviv, levando-o ao Museu do Holocausto.
Para o ex-chanceler Celso Amorim, a frase de Lula teve efeitos positivos e pode até ajudar na solução do conflito. “A fala do Lula sacudiu o mundo e desencadeou um movimento de emoções que pode ajudar a resolver uma questão que a frieza dos interesses políticos foi incapaz de solucionar”, afirmou à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Jornal inglês destaca pressão para que Israel não ataque Rafah e promova cessar-fogo
De acordo com matéria do jornal inglês The Guardian, em Nova Iorque, na ONU, em Bruxelas, na UE, em Haia, no Cairo, no Rio e mesmo em Westminster, está em curso um conjunto de danças diplomáticas subtis e inter-relacionadas.
“Os principais apoiantes de Israel estão a tentar exercer pressão sobre o seu aliado, evitando ao mesmo tempo fazer apelos absolutos a um cessar-fogo imediato em Gaza, que temem que deixaria um Hamas maltratado no comando, a sua liderança em geral”.
Segundo o jornal inglês, ontem (segunda-feira, 19/02), “os participantes numa reunião do Conselho dos Negócios Estrangeiros da União Europeia concordaram sobre a necessidade de uma pausa humanitária imediata em Gaza que levaria a um cessar-fogo sustentável, à libertação incondicional dos reféns detidos pelo Hamas e à prestação de assistência humanitária aos palestinianos”. Os membros da UE querem uma pausa prolongada para retirar os reféns e os prisioneiros palestinianos, e para negociar um cessar-fogo sustentável entre Gaza e Israel.
A fala do presidente Lula, no último domingo, alertando sobre a continuidade do genocídio do povo palestino, está rapidamente produzindo resposta dos principais líderes mundiais.
Para entender todo o drama que se desenrola em Gaza, veja o artigo abaixo: