Conselho de Segurança da ONU aprova cessar-fogo imediato em Gaza; Guterres pede a Israel que acate decisão

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta segunda-feira, 25/03, uma resolução de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. É a primeira que o conselho consegue aprovar uma resolução sobre um cessar-fogo no território palestino. Ela foi apresentada por um grupo de dez países rotativos liderados por Moçambique. Foram 14 votos […]

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta segunda-feira, 25/03, uma resolução de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.

É a primeira que o conselho consegue aprovar uma resolução sobre um cessar-fogo no território palestino. Ela foi apresentada por um grupo de dez países rotativos liderados por Moçambique.

Foram 14 votos a favor e a abstençãodos Estados Unidos, que têm assento permanente.

Votaram a favor China, França, Rússia, Reino Unido (com assento permanente), Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coréia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça (rotativos).

O texto aprovado determina um cessar-fogo durante o mês do Ramadã, o período sagrado para os muçulmanos — começou dia 10 de março e termina em 9 de abril –, mas pede que a trégua aumente até virar permanente.

A resolução também pede a “libertação imediata e incondicional de reféns” e “a necessidade urgente de expandir o fluxo” de ajuda humanitária para Gaza.

O desafio agora é garantir que Israel cumpra as determinações exigidas no texto da ONU.

Embora as resoluções do Conselho de Segurança sejam juridicamente vinculativas, na prática acabam ignoradas por muitos países.

Logo após a aprovação da resolução, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que o governo israelense acatasse a decisão do conselho.

“A tão esperada resolução deve ser implementada; o fracasso do Conselho em fazê-lo ‘seria imperdoável’”, disse Guterres no X.

“O calvário dos palestinos Gaza tem que terminar e terminar imediatamemte, agora”, disse o embaixador Riyad Mansour, observador permanente do Estado da Palestina no Conselho de Segurança da ONU.

Desde 7 de outubro de 2023, as forças militares de Israel já mataram mais de 32 mil palestinos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local.