A participação da Polícia Federal (PF) nas investigações do assassinato de três médicos na madrugada desta quinta-feira (5), na cidade do Rio de Janeiro, será definida ainda hoje, durante reunião do secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, com o governador Claudio Castro.
Em nota divulgada há pouco, o MJSP informou que Cappelli está na capital fluminense, onde se reunirá com o governador, a fim de definir as primeiras medidas a serem tomadas pela PF, que prestará apoio às investigações do caso. Uma quarta vítima do ataque a tiros ficou ferida e foi encaminhada ao hospital.
Segundo a Polícia Militar, os quatro médicos estavam em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, quando homens em um carro pararam no local e dispararam contra as vítimas.
Os médicos eram de São Paulo e estavam no Rio de Janeiro para participar de um congresso internacional de cirurgia minimamente invasiva de tornozelo e pé.
A Polícia Civil identificou os médicos mortos como Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf de Souza Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida.
Diego Bomfim é irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
Corsato, médico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Universidade de São Paulo (USP), e Bomfim são registrados no Conselho de Medicina de São Paulo. Já Almeida é registrado no conselho baiano.
O médico ferido foi encaminhado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, no mesmo bairro. A Secretaria Municipal de Saúde informou que seu estado de saúde é estável.
A ação criminosa foi flagrada por uma câmera, que mostra a movimentação dos assassinos. Assim que o veículo encosta na pista ao lado da ciclovia, os homens descem, correm na direção das vítimas e efetuam pelo menos 20 disparos. De acordo com as imagens, o crime aconteceu às 00h59. Outros dois clientes que estavam sentados em mesa do estabelecimento correram no momento dos disparos. O ataque durou menos de 30 segundos.
A Polícia Civil do Rio aponta indícios de que o crime tenha sido uma execução. Já que nada foi levado e os criminosos chegaram atirando. Testemunhas também contaram que os assassinos nada falaram.
Câmeras filmaram assassinato
A ação criminosa foi flagrada por uma câmera, que mostra a movimentação dos assassinos. Assim que o veículo encosta na pista ao lado da ciclovia, os homens descem, correm na direção das vítimas e efetuam pelo menos 20 disparos. De acordo com as imagens, o crime aconteceu às 00h59. Outros dois clientes que estavam sentados em mesa do estabelecimento correram no momento dos disparos. O ataque durou menos de 30 segundos.
A Polícia Civil do Rio aponta indícios de que o crime tenha sido uma execução. Já que nada foi levado e os criminosos chegaram atirando. Testemunhas também contaram que os assassinos nada falaram.
Autoridades cobram investigações
Nas redes sociais, parlamentares se solidarizaram com a deputada Sâmia Bomfim e cobraram investigação. O caso também foi comparado ao assassinato da vereadora Marielle Franco, no centro do Rio de Janeiro, em 2018.
O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) chamou de “gravíssima a execução”. “É fundamental que a Polícia Federal apure e esclareça o ocorrido e se há conexão com a execução de Marielle Franco. Deixo minhas condolências a querida deputada Sâmia Bomfim e aos demais familiares e amigos e por essa perda terrível”, escreveu Suplicy.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou à Polícia Federal (PF) que acompanhe as investigações sobre o assassinato. “Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e familiares”, escreveu Dino na rede X, antigo Twitter.
O Presidente da Embratur, Marcelo Freixo, também cobrou a identificação e punição dos responsáveis pelo crime.
Com Agência Brasil