Vídeo: Em Anápolis, prefeito Roberto Naves acusa adversário Marcio Correia de envolvimento em mortes

Inquérito da Polícia Civil de Goiás (PC-GO), que investiga em Anápolis a morte de Fábio Escobar Cavalcante, ex-coordenador da campanha do governador Ronaldo Caiado em 2018 e a morte do fazendeiro Luiz Carlos Ribeiro, coloca o prefeito Roberto Naves em choque com empresário Márcio Correia (PL). Durante a investigação do assassinato de Fábio Alves Escobar […]

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Inquérito da Polícia Civil de Goiás (PC-GO), que investiga em Anápolis a morte de Fábio Escobar Cavalcante, ex-coordenador da campanha do governador Ronaldo Caiado em 2018 e a morte do fazendeiro Luiz Carlos Ribeiro, coloca o prefeito Roberto Naves em choque com empresário Márcio Correia (PL).

Durante a investigação do assassinato de Fábio Alves Escobar Cavalcante a PC-GO coletou o celular do ex-policial militar Welton Vieiga, principal suspeito do crime. No conteúdo do aparelho, foram encontradas mensagens que mencionavam o empresário Márcio Corrêa, dono de imobiliária que também tem loteamentos em Aparecida. Márcio é candidato do PL à prefeitura de Anapolis, e há suspeitas sobre a sua relação com Vieiga, conforme As informações do portal Vero Notícias (veronoticias.com)

Apesar dos indícios, as mensagens foram excluídas da conclusão do inquérito enviado ao Ministério Público e à Justiça, resultando na remoção do candidato a prefeito da lista de investigados.

Prefeito faz denúncia
Mas no final de semana passado, o prefeito de Anápolis, Roberto Naves (Republicanos), que é apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil), convocou coletiva de imprensa onde afirmou que os seguranças do candidato à Prefeitura de Anápolis Márcio Corrêa (PL) têm ligação com os assassinatos de Luiz Carlos Ribeiro e Fábio Escobar. Ocorre que Roberto Naves também é investigado e admitiu isso durante a entrevista.

Na coletiva (vídeo abaixo), Roberto Naves disse que o ex-policial penal Janderson, preso por levar para o desmanche o carro de foi identificado no assassinato de Luiz Carlos. Naves relata que Janderson fazia a segurança de um loteamento em Aparecida de Goiânia que pertence a Márcio Corrêa.

Janderson alega que policiais teriam dívidas com o sargento Welton da Silva Vieiga, principal suspeito das mortes. Welton foi morto em janeiro de 2023, após se envolver em um confronto com a Polícia Civil do Estado de Goiás. Foi na casa dele que o veículo identificado na morte de Luiz Carlos entrou e saiu duas vezes na noite do crime contra Luiz Carlos.

De acordo com o prefeito, a tentativa de Janderson de ligá-lo à morte de Luiz Carlos, a quem ele se refere como “irmão”, é mentirosa.


“Ele afirma vagamente que eu poderia ter envolvimento com o crime, mas ele era funcionário de quem? Trabalhava com quem? Tem relações comerciais com quem? Márcio Corrêa”, destacou. “A grande surpresa que eu tive é que Welton Vieiga, que se suicidou, que esteve envolvido no caso de Fábio Escobar e no crime de Luiz Carlos, fazia parte da segurança do candidato Márcio Corrêa. Os policiais militares que estão presos lá na prisão da Polícia Militar (PM), faziam parte da segurança de Márcio Corrêa”, declarou Naves.

A troca de acusações entre Roberto Naves e Márcio Correia é acompanhada com especial atenção pelo governo do Estado. O governador Ronaldo Caiado apoia a professora Eerizânia de Freitas (União Brasil), candidata à sucessão de Roberto Naves.

Dois assassinatos em Anápolis
Luiz Carlos Ribeiro da Silva sofreu seis disparos de arma de fogo no dia 06 de dezembro de 2022 e morreu, aos 52 anos, na Avenida Brasil Sul. Desde os primeiros momentos da investigação o caso foi tratado como execução.

O sargento da Polícia Militar (PM), Welton da Silva Vieiga, era considerado o principal suspeito. Ele morreu em janeiro de 2023, após a Polícia Civil (PC) realizar um mandado de prisão contra ele. As diligências apontam que ele cometeu suicídio na ocasião.

Já Fábio Escobar foi morto no dia 23 de junho de 2021. À época, ele tomou um táxi para se encontrar com um homem chamado “Fernando” que havia entrado em contato com ele supostamente interessado em vender uma lavanderia, ramo no qual o empresário já atuava. Era uma emboscada. Segundo o MP, seis pessoas participaram do planejamento e da execução do empresário, incluindo quatro policiais militares.

Fontes: Veja, Vero, Goiás24 horas, DM Anápolis, Rádio S. Francisco FM
https://veja.abril.com.br/brasil/investigacao-de-assassinato-vira-arma-politica-no-uniao-brasil