PGR aponta “gravidade” e “natureza violenta” para prender os golpistas

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou de forma favorável às ações da Polícia Federal, na terça-feira (19), contra os militares golpistas que planejaram assassinar o presidente Lula e afirmou que as medidas foram “proporcionais”. Além das operações de busca e apreensão, quatro militares e um policial federal foram presos por estarem envolvidos nos crimes. […]

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou de forma favorável às ações da Polícia Federal, na terça-feira (19), contra os militares golpistas que planejaram assassinar o presidente Lula e afirmou que as medidas foram “proporcionais”.

Além das operações de busca e apreensão, quatro militares e um policial federal foram presos por estarem envolvidos nos crimes.

Antes de realizar as ações, a Polícia Federal enviou para o Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório com as provas já colhidas pela investigação. O STF pediu à PGR uma posição, e o órgão foi favorável.

Para a PGR, “há provas suficientes da existência de crime e indícios razoáveis de autoria”.

Além disso, a “gravidade das condutas veiculadas e sua natureza violenta evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade ponha em risco a garantia da ordem pública”.

“A prisão dos envolvidos é necessária, ainda, à instrução criminal, na medida em que permitirá a correta compreensão da extensão das condutas perpetradas”, argumentou a Procuradoria-Geral da República.

Foram presos o general da reserva Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, os majores Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira e o policial federal Wladimir Matos Soares.

A Polícia Federal identificou diversas conversas mantidas entre eles em aplicativos de mensagens sobre o planejamento e a execução do atentado.

O grupo pretendia, entre novembro e dezembro de 2022, assassinar o presidente eleito, Lula, e seu vice, Geraldo Alckmin, além do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

O grupo, auxiliado por membros do governo Jair Bolsonaro, monitorou as autoridades e escolheu o dia 15 de dezembro de 2022 para assassinar Alexandre de Moraes.

Eles chegaram a se posicionar nas ruas de Brasília, incluindo um local perto da residência de Moraes na capital, mas abortaram o plano de última hora.

Segundo a PF, o monitoramento começou logo depois de uma reunião na casa de Walter Braga Netto, então ministro da Defesa e da Casa Civil, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro.