Jornalista com passagens por grandes veículos da imprensa nacional, Bob Fernandes denuncia o discurso de ódio presente nas falas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e por seus apoiadores.
Bob Fernandes destaca que a escalada de violência, que teve início em Uberlândia, quando um drone comandado por um bolsonarista jogou veneno nas pessoas que participavam de um encontro do ex-presidente Lula com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), teve o seu ápice com a morte do dirigente do PT do em Foz do Iguaçu, no Paraná, o guarda civil Marcelo Arruda, assassinado a tiros pelo agente penitenciário, José Jorge Guaranho que invadiu a festa dos 50 anos de Arruda atirando aos gritos de “aqui é Bolsonaro”.
O Ministério Público do Paraná comunicou à Justiça que as investigações que apuram o assassinato do membro do PT Marcelo Arruda a tiros pelo bolsonarista José Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu, não estão encerradas. Foi solicitado o resultado da perícia no telefone celular de Jorge José Guaranho, indiciado pela Polícia Civil pelo homicídio.
O documento foi assinado pelo promotor Tiago Lisboa Mendonça e apresentado à Justiça após a Polícia Civil indiciar o policial penal Jorge Guaranho pelo crime e descartar motivação política para o homicídio.
“Aguarda-se, além da conclusão das atividades investigativas pela Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu, com o consequente encarte do despacho de indiciamento formal do investigado e relatório conclusivo, a juntada dos laudos periciais eventualmente pendentes”, afirmou o Mendonça.
Em nota divulgada ontem, os advogados que representam a família de Marcelo Arruda disseram que “por certo, a necessária continuidade das investigações demonstrará a nossa convicção quanto as motivações políticas do assassinato. O relatório apresentado é recheado de contradições e imprecisões que demonstram a deficiente formação do mesmo”.
Segundo testemunhas, antes de cometer o crime Guaranho disse: “Seus filhos da p…, Lula ladrão, aqui é Bolsonaro, é mito”.
No entanto, para a polícia, a tragédia que aconteceu em Foz do Iguaçu teve motivo torpe, ou seja, teria ocorrido devido à uma provocação que desencadeou uma discussão por questões políticas e ideológicas.
Segundo a delegada, não há provas suficientes de que Guaranho queria cometer um “crime de ódio contra pessoas de outros partidos”.
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