A pesquisa, divulgada na quarta-feira (13), foi realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pelo Instituto de Pesquisa e Pós Graduação (Ipespe). De acordo com o levantamento, 59% dos brasileiros e brasileiras acreditam que o país vai melhorar até o final de 2023, o que também representa o maior patamar da série histórica, iniciada em março de 2021.
Os dados do estudo revelam que 53% da população aprovava o governo Lula no mês de junho. No mês de agosto, essa porcentagem cresceu para 59%. O levantamento foi realizado com duas mil pessoas entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro nas cinco regiões do país.
Em seu primeiro discurso como presidente eleito, que foi logo após o resultado das eleições, no dia 30 de outubro de 2022, Lula enfatizou que o povo é a causa da sua trajetória política e que combater a miséria é a razão pela qual ele vai lutar até o fim de sua vida.
“A nossa luta pela conquista de um país justo, um país onde todos os brasileiros possam comer, trabalhar, estudar, ter acesso a cultura e lazer, será uma luta até o fim da nossa vida”, prometeu Lula, à época. “Eu canso de dizer, não é quantidade de anos que uma pessoa tem, que envelhece a pessoa. O que envelhece a pessoa é a falta de causa. E por isso eu me determinei. O Brasil é a minha causa. O povo é a minha causa. E combater a miséria é a razão pela qual eu vou viver até o fim da minha vida,” disse Lula.
Principais resultados
Os principais resultados do levantamento sobre o governo Lula cobrem temas relacionados à economia brasileira como inflação, o programa Desenrola Brasil, de renegociação de dívidas, a Reforma Tributária, a economia pessoal e familiar e sobre os avanços do Brasil desde que Lula assumiu a presidência da República.
A pesquisa ressalta ainda que quase a metade dos entrevistados (45%) apontou melhoria de vida na comparação com ano de 2022. Sobre os próximos meses de 2023, a expectativa positiva a respeito da melhoria da vida pessoal e das respectivas famílias praticamente recupera o patamar do início do ano, alcançando 72%.
Datafolha
Outra pesquisa, esta feita pelo Datafolha divulgada no domingo (17) pelo jornal Folha de S. Paulo mostrou que 35% dos brasileiros relatam ter sentido melhora na economia. Maior da série histórica do instituto, o patamar está associado a uma série de ações adotadas pelo governo Lula, entre as quais a ampliação dos programas de distribuição de renda, sendo o principal deles o Bolsa Família, e melhora nas condições de crédito, com destaque para o Desenrola Brasil, que, já nos cinco primeiros dias, limpou o nome de mais de 2 milhões de consumidores.
“O número de brasileiros que sentiram a melhora na economia atingiu o maior número em setembro deste ano, segundo pesquisa do Datafolha. Aumento do PIB, preço dos alimentos em queda e mais empregos. Estamos trabalhando para melhorar ainda mais, com o Brasil no rumo certo. Boa segunda e boa semana para todos”, afirmou o presidente Lula, nas redes sociais.
O levantamento do Datafolha foi feito junto a 2.016 pessoas em 139 cidades, nos dias 12 e 13 deste mês. Ele mostra que, em outubro de 2022, 34% declaravam sentir melhora na economia brasileira. Veio, então, a instabilidade e a polarização da disputa à presidência da República, e uma nova retração. Em dezembro, 26% relatavam melhora, em março, 23%. No entanto, na pesquisa de setembro, o percentual subiu para 35%.
Ao comentar os resultados da pesquisa, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), destacou, nas redes sociais, que “o governo Lula seguirá reconstruindo o país, pensando em politicas públicas para colocar o trabalhador no orçamento e garantir uma vida mais feliz e decente para os brasileiros e brasileiras”.
Avanços
No aspecto macroeconômico, o primeiro semestre foi de boas surpresas. Em dezembro de 2022, o Boletim Focus, do Banco Central, que reúne projeções dos economistas, estimava que o PIB teria expansão de 0,8% em 2023. Agora, a expectativa é que o ano termine com avanço de 2,8%.
Com informações do jornal O Globo