Foi dessa forma que Lula concluiu seu discurso na cerimônia de comemoração dos 20 anos do programa de transferência de renda e combate à pobreza, realizada sexta-feira (20), na sede do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
“Hoje é o dia de olharmos para os nossos filhos, para cada criança deste país, e dizer: até 31 de dezembro de 2026, nós vamos acabar com a fome neste país”, disse também o presidente, que participa do evento de forma remota, falando do Palácio da Alvorada, ao lado da primeira-dama Janja da Silva.
Aparecida tem quase 20 mil beneficiados
Com valor médio de R$ 690,23 e repasse do Governo Federal de R$ 353,5 milhões, o Bolsa Família chega a 512,5 mil beneficiários em Goiás a partir desta segunda-feira, 18 de setembro. É o estado com maior número de contemplados pelo programa de transferência de renda na região Centro-Oeste. O cronograma de pagamento nos 246 municípios goianos segue até o dia 29, com base no final do Número de Identificação Social (NIS).
A capital Goiânia é a cidade com maior número de contemplados em Goiás: 75 mil famílias, a partir de um investimento de R$ 51,3 milhões e repasse médio de R$ 684. Outros quatro municípios do estado contam com pelo menos 13 mil beneficiários: Águas Lindas de Goiás (26,2 mil), Luziânia (23,4 mil), Aparecida de Goiânia (19,5 mil) e Rio Verde (13,4 mil).
Programa voltou melhorado
O Bolsa Família foi recriado por Lula após ser extinto de forma irresponsável e eleitoreira por Jair Bolsonaro. Em sua nova versão, o programa voltou com uma série de inovações, como o mínimo de R$ 600 para cada família beneficiária e valores extras de R$ 150 para crianças com menos de 7 anos e de R$ 50 para gestantes e membros de 7 a 18 anos.
Nesta semana, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, anunciou outra novidade: crianças de até 6 meses dão agora o direito a outros R$ 50 mensais às famílias beneficiárias. Batizado de Benefício Variável Nutriz (BVN), o valor já começou a ser paga em outubro.
O governo Lula também retomou a parceria com as prefeituras e voltou a atualizar o Cadastro Único, permitindo um acompanhamento constante das famílias, que deixou de existir no Auxílio Brasil, criado por Bolsonaro. Também voltaram as orientações para que os pais mantenham os filhos nas escolas e vacinados.
Outro resgate foi o da busca ativa, por meio da qual as Prefeituras vão a campo para identificar famílias em situação de grande vulnerabilidade e que, por isso, acabam não acessando o benefício a que têm direito. A estratégia fez com que 1,3 milhão de famílias fossem incluídas no programa este ano.
Juntas, todas essas medidas fizeram com que, nos últimos seis meses, 3 milhões de famílias brasileiras saíssem da pobreza. Assim, 92% das 21,47 milhões de famílias contempladas pelo programa estão fora da linha da pobreza. Trata-se do maior índice nestes 20 anos de história. Em janeiro, quando Lula assumiu a Presidência, essa taxa estava em 79%.