Nova rodada da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que mais da metade (54%) dos entrevistados aprova o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E para 45%, o país caminhando na direção certa sob o seu comando. Essa confiança aumentou dois pontos percentuais em relação a outubro, quando 43% disseram-se otimistas com o rumo do Brasil.
Os descrentes nos rumos do país caíram de 49% para 43%, um ponto a mais do que o verificado há dois meses. Quanto ao governo, 36% responderam que aprovam, percentual menor que os 38% de outubro, mas que fica dentro da margem de erro estimada para o levantamento, de 2,2 pontos percentuais para mais ou menos. Outros 29% desaprovam a gestão federal, mesma taxa verificada na pesquisa anterior. E 32% classificam o trabalho do governo como regular. Três pontos percentuais a mais do que em outubro.
As melhores avaliações vêm do Nordeste (6,9), entre idosos (6,6) e os mais pobres (6,5). Enquanto as piores notas foram atribuídas pelos evangélicos (5,2), pelos mais ricos (5,2) e pelos moradores do Sul (5,2). A avaliação, contudo, é que essa aparente estabilidade esconde, porém, fragilidades do governo. É o que destaca o diretor da Quaest, Felipe Nunes.
“Enquanto a maioria que aprova o governo o considera bom; a maioria que desaprova o considera péssimo. A reprovação parece ódio, a aprovação não parece paixão”, observou em sua conta na rede X, antigo Twitter. A aprovação do presidente repete o desempenho eleitoral de 2022, de acordo com Nunes, o presidente termina o ano com o seu eleitorado consolidado – aprovação de 90% –, mas sem conseguir avançar sobre o eleitorado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao questionar se existe arrependimento no voto em uma avaliação geral do primeiro ano de governo, a pesquisa também indica que 88% dizem que não e, apenas 6%, que sim. “Entre os principais acertos do governo neste primeiro ano estão os programas sociais (MCMV, Bolsa Família, Farmácia Popular), além da criação do Desenrola e do programa contra a evasão escolar. A fragmentação nas menções, deflagra a falta de uma marca de governo”, observa o diretor da Quaest.
“Governar sob a calcificação exige uma estratégia que alimente de esperança quem lhe apoiou na eleição, e crie pontes com setores pragmáticos da oposição. Uma economia forte é condição sine qua non para isso, o que vai exigir muito mais de (Fernando Haddad) e da equipe econômica”, acrescenta Nunes. Para o estudo foram ouvidas 2.012 pessoas, presencialmente, entre os dias 14 e 18 de dezembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Lula melhor que Bolsonaro
Também nesta quarta, a pesquisa PoderData mostrou que quase metade dos eleitores (49%) considera o governo Lula “melhor” que o do seu antecessor, Bolsonaro. Os que consideram o governo atual “pior” que o anterior são 38%, patamar numericamente menor que o registrado há 3 meses, quando eram 40% com essa opinião.
Segundo o estudo, é a 1ª vez que essa taxa varia para baixo desde que a pergunta começou a ser feita pelo PoderData, em abril deste ano. Outros 11% consideram que o desempenho da gestão Lula é “igual” ao do governo Bolsonaro.
Redação: Clara Assunção, da Rede Brasil Atual