Cúpula do Exército: “Ato de golpistas foi “traição às Forças Armadas e ao país”

A jornalista Bela Megale, de O Globo, afirmou em reportagem desta quarta-feira (20) que a operação da Polícia Federal que prendeu quatro militares e um policial por arquitetarem um plano de golpe que envolvia o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, “foi […]

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A jornalista Bela Megale, de O Globo, afirmou em reportagem desta quarta-feira (20) que a operação da Polícia Federal que prendeu quatro militares e um policial por arquitetarem um plano de golpe que envolvia o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, “foi recebida na cúpula das Forças Armadas com surpresa, decepção e tristeza”.

De acordo com a coluna, o comando militar avalia que o grupo golpista cometeu “traição não só às Forças Armadas, mas ao país”.

Segundo ela, essa avaliação foi feita por integrantes de alta patente das Forças Armadas. Os militares legalistas, que foram decisivos para o malogro da intentona bolsonarista, disseram que o episódio traz um “estrago terrível” para a imagem dos militares e, em especial, do Exército.

Seus membros apontam que o plano foi feito por uma minoria, mas destacam que é o suficiente para causar “graves danos” aos militares.

Eles admitem também que a postura de Jair Bolsonaro como presidente, usando politicamente parte das Forças, contribuiu para que parte de seus integrantes abraçassem um plano criminoso, como revelado pela Polícia Federal.

A leitura de membros da cúpula militar é que a ação criminosa desse grupo reforça o preconceito que as Forças Armadas já enfrentam com parcela da sociedade.

Os militares presos na terça-feira (19) integravam o grupo de elite do Exército, chamado de “kids pretos”.

Membros da cúpula militar destacam, ainda, que eles se utilizaram de um treinamento que receberam para proteger o Estado para ir contra o mesmo, apontando que isso é uma “traição não só às Forças Armadas, mas ao país”.