O senso comum do futebol diz que o craque do time deve bater a primeira ou a última cobrança em uma disputa de pênaltis. Na eliminação do Brasil para a Croácia, pelas quartas de final da Copa do Mundo, o técnico Tite não seguiu esse padrão e escolheu, em vez de Neymar, o menino Rodrygo, de 21 anos, que perdeu a cobrança.
Batedor oficial da Seleção Brasileira, Neymar dificilmente erra um pênalti. Desde 2018, fez 34 cobranças e errou apenas três. Caso tivesse convertido o primeiro contra a Croácia, os demais jogadores ficariam muito mais motivados para o restante da disputa.
Até Galvão Bueno criticou o fato de Tite ter colocado o garoto Rodrigo Jr., de apenas 21 anos para cobrança que deveria ter sido dos veteranos:
Galvão Bueno desabafa sobre a derrota:
“Brasil não fez uma grande Copa. Como que um menino de 21 anos cobra pênalti e o Neymar não? Eu gosto do Tite, mas ele deixando o campo com os jogadores chorando, foi feio. Vida que segue. Futebol não resolve país nenhum, guerra nenhuma”. pic.twitter.com/eoV5ZF5rRj
— CHOQUEI (@choquei) December 9, 2022
Os técnicos costumam selecionar o melhor jogador da equipe para abrir ou fechar as séries de penalidade, que são os momentos de maior pressão. No entanto, Tite preferiu jogar a responsabilidade no colo do jovem atacante do Real Madrid, que havia entrado no lugar de Vinícius Júnior – um dos destaques do Brasil na Copa – em uma substituição que ninguém entendeu direito.
Tite ainda poderia ter consertado o erro na quarta cobrança, mas preferiu pelo zagueiro Marquinhos, que acertou a trave e selou a derrota. Neymar talvez seria o quinto jogador brasileiro a bater, porém não teve a oportunidade, coisa que o gaúcho poderia ter antevisto.
A resposta de Tite
🇧🇷🎙️ Tite explicou o motivo de não ter colocado Neymar nas primeiras cobranças.#FIFAWorldCuppic.twitter.com/XCXbtbrV5v
— FutbooBR 🇧🇷 (@FutbooBR) December 9, 2022
Após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo no Catar, nesta sexta-feira (9), o técnico Tite explicou por que Neymar não começou cobrando a série de pênaltis na partida contra a Croácia. O camisa 10 era o quinto da lista.
“Porque ele é o quinto e decisivo pênalti, que fica com uma pressão maior. É o jogador que tem maior qualidade, melhor mentalmente para fazer a cobrança”, disse o treinador, em sua primeira resposta na entrevista coletiva pós-jogo no Estádio Cidade da Educação, em Al Rayyan.
Brasil e Croácia ficaram no 0 a 0 nos 90 minutos. Na prorrogação, Neymar abriu o placar para o Brasil, mas Petkovic empatou a partida minutos antes de seu fim.
Nas penalidades, o time adversário acertou todas as suas quatro cobranças e venceu por 4 x 2.
Com informações do DCM